Perco-me no interior da minha alma, dos meus pensamentos. Nas recordações antigas e das lembranças. Percorro ruas, estradas e oceanos. Passam-se filmes com tudo aquilo que se passara até hoje com o meu caminhar. Não falo das coisas boas, como é claro. Filmes com os fantasmas do passado, que agora, se juntam aos do presente. Tento abrandar o passo, mas estas somente me atacam durante um maior numero de tempo. Corro então, o mais rápido possível, mas cada vez são mais as recordações. Paro, repentinamente, e encontro uma alma parecida com a minha, negra e silenciosa. A porta está aberta e decido bater a ver se alguém responde. O silêncio consome aquela alma. Entro devagar e encontro-o de joelhos, com os punhos fechados e a chorar silenciosamente. Vê-se um oceano de lágrimas e um rio de dor. Aproximo-me dele, e percorro-lhe a face com os dedos. Sinto os meus dedos vibrarem com a dor nele. É então, nesse momento, que ele me pergunta se me sinto bem. Abro-lhe o coração e ele, perplexo, olha para as cicatrizes. Percorre-as com os dedos, também e posso até jurar que ele sentiu o mesmo que eu, um arrepio de dor. Fez-se tarde e ele leva-me lá fora. Pergunta-me se tenho pressa e respondo-lhe que não. Leva-me até a um banco negro, e as nossas almas tornam-se numa só, acabando por ficarem abraçadas uma à outra. E os nossos corpos? Ficaram somente sentados num banco de cor preto, igualmente à cor da nossa alma que anda perdida por aí, algures, quem sabe, no meio do nada.
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Perco-me no interior da minha alma, dos meus pensamentos. Nas recordações antigas e das lembranças. Percorro ruas, estradas e oceanos. Passam-se filmes com tudo aquilo que se passara até hoje com o meu caminhar. Não falo das coisas boas, como é claro. Filmes com os fantasmas do passado, que agora, se juntam aos do presente. Tento abrandar o passo, mas estas somente me atacam durante um maior numero de tempo. Corro então, o mais rápido possível, mas cada vez são mais as recordações. Paro, repentinamente, e encontro uma alma parecida com a minha, negra e silenciosa. A porta está aberta e decido bater a ver se alguém responde. O silêncio consome aquela alma. Entro devagar e encontro-o de joelhos, com os punhos fechados e a chorar silenciosamente. Vê-se um oceano de lágrimas e um rio de dor. Aproximo-me dele, e percorro-lhe a face com os dedos. Sinto os meus dedos vibrarem com a dor nele. É então, nesse momento, que ele me pergunta se me sinto bem. Abro-lhe o coração e ele, perplexo, olha para as cicatrizes. Percorre-as com os dedos, também e posso até jurar que ele sentiu o mesmo que eu, um arrepio de dor. Fez-se tarde e ele leva-me lá fora. Pergunta-me se tenho pressa e respondo-lhe que não. Leva-me até a um banco negro, e as nossas almas tornam-se numa só, acabando por ficarem abraçadas uma à outra. E os nossos corpos? Ficaram somente sentados num banco de cor preto, igualmente à cor da nossa alma que anda perdida por aí, algures, quem sabe, no meio do nada.
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está perfeito amor.
ResponderEliminarQuando leio os teus textos arrepio-me sempre querida. Força, sabes que estou aqui para o que precisares*
ResponderEliminarSem palavras, escreves de uma forma tão linda *.*
ResponderEliminarestá lindo :)
ResponderEliminarDei, pois (:
ResponderEliminarNão tens de agradecer princesa *.*
Não duvido :b
ResponderEliminarTexto lindo, adorei!
ResponderEliminarhttp://placequotehere.blogspot.pt/2012/04/baby-its-cold-outside.html
eu sei, e é isso mesmo que vou fazer. não és a primeira a dizer isso :O
ResponderEliminarDe nada meu amor !
ResponderEliminarlindo*
ResponderEliminarestá realmente bonito este texto, ana margarida! <3
ResponderEliminarmuito obrigada pelo teu comentário :3
Oh, muito obrigada!
ResponderEliminarObrigada Ana:)
ResponderEliminarAhaha e eu estou para aqui a rir-me também... Nem sei muito bem porquê, mas hoje estou louco xD
ResponderEliminarora essa, querida :3
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarde nada (:
ResponderEliminareu vou ser :')
ResponderEliminarFoi um dia complicado querida*
ResponderEliminaroh obrigada doce. e que lindo. muito lindo :))
ResponderEliminarPois, oh muito obrigada. <3
ResponderEliminarconfesso que este teu texto me fez chorar, meu amor. está lindo, como todos os outros. <3
ResponderEliminarSimplesmente amei *.*
ResponderEliminargostei bastante
ResponderEliminarMais uma vez não há palavras. Admiro de uma forma tão especial esta tua escrita. Sinto que não estás bem, mas, vais ficar! A força de que precisas para seguir em frente vai aparecer e vais conseguir sorrir e um sorriso daqueles verdadeiros !
ResponderEliminartexto intenso e bastante reflexivo, gostei mesmo. Você escreve muito bem, com certeza voltarei mais vezes aqui.
ResponderEliminarBjs
http://www.maviealeatoire.blogspot.com.br/
EStá mesmo Lindo :)
ResponderEliminareu também gostei, mas ainda estou indecisa
ResponderEliminarDe nada princesa :)
ResponderEliminarassim o farei querida :)
ResponderEliminarOh, muito obrigada. <3
ResponderEliminarNão dês confiança... ele não merece.
ResponderEliminarEstá fantástico, a sério.
ResponderEliminarobrigada, meu amor.
ResponderEliminaroh, como se tu precisasses de agradecer. <3
lindo *.*
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarés um amor <3
ResponderEliminarMuito mas muito bom este post. Gostei da clareza das palavras, da transparência dos sentimentos. Muito bom, Um Beijo :)*
ResponderEliminarpodes crer , tem vezes que mais vale mais deixar ir e fazer figas para que volte ...
ResponderEliminarGostei
ResponderEliminarseguindo :D
http://enredodeideias.blogspot.com.br/
Beijos