segunda-feira, 28 de janeiro de 2013


Fecha a porta e caminha para mim. Devagar, calmamente. Percorre o olhar pela sala vazia e, de seguida, olha para mim sem desviar o olhar. O que vês não se mistura com o branco do vácuo, mas sim com o preto da escuridão. Prova o que me corre no sangue e escuta a pulsação. É ódio preto que me corre nas veias. É a desilusão de um amor perdido e a saudade de uma amizade quebrada. Abraça-me e segura-me o rosto. Não tenho íris de cor castanha, como outrora. Tenho-a branca, como para quem não quer observar a vida. Como para quem não quer ser humana. Como para quem não quer ser vista. 

9 comentários:

  1. Olá é a primeira vez que vou ao teu blog,e como gostei muito da forma como escreves e dos teus textos estou a seguir-te.
    Passa depois pelo o meu e se quiseres segue-me.
    beijinhos,
    Sofia

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  2. Ok, tens um bocado .........
    Somos, somos, somos*

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  3. Obrigada, docinho lindo. Saudades de te ler! Beijinho para ti também <3

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  4. adoro textos fortes e apaixonei-me por este, apesar de mostrar mágoa tens as palavras certas e delicadas, parabens!

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