segunda-feira, 4 de junho de 2018

Eles perguntam-me por ti. Eu sorrio e desvio o assunto, como quem procura o sol num dia chuvoso. Também gostava de saber onde estás. Se continuas a sentir a minha falta ou se ocupaste o vazio da minha ausência com o peso de um outro alguém. Se continuas a imaginar-me tua ou se já equacionaste o meu eu somado com a presença de outrem que não tu. Também gostava de saber como estás. Se continuas a (re)conhecer o meu cheiro ou se te passou a ser totalmente desconhecido, sendo o mesmo substituído por outra fragrância doce, mas passageira. Se continuas a vibrar quando ouves o meu nome ou se deixaste de identificar a frequência que te ecoava nos ouvidos (...). Eles perguntam-me por ti. E não sei quem mais perdido está: se tu... se eu.

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