Eles perguntam-me por ti. Eu sorrio e desvio o assunto, como quem procura o sol num dia chuvoso. Também gostava de saber onde estás. Se continuas a sentir a minha falta ou se ocupaste o vazio da minha ausência com o peso de um outro alguém. Se continuas a imaginar-me tua ou se já equacionaste o meu eu somado com a presença de outrem que não tu. Também gostava de saber como estás. Se continuas a (re)conhecer o meu cheiro ou se te passou a ser totalmente desconhecido, sendo o mesmo substituído por outra fragrância doce, mas passageira. Se continuas a vibrar quando ouves o meu nome ou se deixaste de identificar a frequência que te ecoava nos ouvidos (...). Eles perguntam-me por ti. E não sei quem mais perdido está: se tu... se eu.
segunda-feira, 4 de junho de 2018
segunda-feira, 19 de junho de 2017
Não sei o que é o amor. Nao sei qual é a cor, a textura, o feitio do amor. Não sei se é feito de pétalas, se de espinhos. Não sei se fica, não sei se vai. Não sei se arde ou se cura. Não sei se brilha ou abafa. Não sei o que é o amor. (...) Mas sei que o amor tem o teu nome escrito. E, bolas, como o amor dói e sara. Como o amor quebra, mas une.
quinta-feira, 3 de março de 2016
Não é parar que é morrer. Parar é fazer uma pausa, uma mera interrupção. E morrer é acabar, é reduzir a cinzas aquilo que não pode ser reduzido a pó. Morrer é falar e não ser ouvido, é cair e não ser apanhado. Parar não. Parar é mais fácil. É o preparar da morte, o esperar do destino. É o que antecede a morte. Mas não é um fim. É um ponto de partida que so tem como meta o termo. Não é parar que é morrer. É ir andando e nao ter para onde ir.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Estou faminta de meios amores e meias metáforas e acabo por pedir a Deus que me dê amor próprio. Imagino-me aqui e acolá de braço dado ao amor e de costas voltadas para a tranquilidade. Dizem que amar é naufragar. Andar perdida, caída, desaparecida. Mas ninguém sabe escrever sobre o amor. Que raio estou eu a fazer?
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